São João
João, o batista, é tido como o precursor de Jesus. Nasceu perto de
Jerusalém, apenas seis meses antes de Jesus. Quando atingiu a maturidade passou
a viver recluso num deserto da Judéia, meditando. Ali permaneceu por vários anos, esperando a
manifestação da palavra de Deus. Quando iniciou a sua missão, no vale do
Jordão, pregou o batismo como meio de redimir os pecados. Já nessa época o
banho era usado como um meio para obter pureza espiritual dentro de rituais. João
seguia uma linha escatológica: anunciava o julgamento final e afirmava que só
seriam salvos aqueles que se arrependessem dos seus pecados. Concordava em batizar os que aceitavam
verdadeiramente mudar de vida. Quando lhe perguntavam como proceder
perante o julgamento divino ele dizia que a pessoa devia levar uma vida baseada
na justiça e responsabilidade social. Anunciava a penitência, o perdão
dos pecados e a conversão. Também anunciava uma notícia esperada há milhares de
anos: a chegada do messias. Rapidamente
a palavra se espalhou e multidões começaram a se dirigir para o Rio Jordão a
fim de ouvi-lo e se submeter às suas exigências.
João é venerado como um dos primeiros santos a seguirem uma vida de
austeridade monástica. Sua indumentária,
(mantos de pele e cinto de couro) dão a entender que ele foi um profeta. E por ser uma pessoa
extremamente austera e coerente, em várias ocasiões foi confundido com o
próprio Cristo. Mas a cada vez ele desfazia a confusão, sem se deixar levar por
vaidade ou orgulho. Quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir,
ele apontava na direção do verdadeiro salvador. São suas as palavras: “Eis o
cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”
Mesmo depois da sua morte, missionários cristãos continuaram
encontrando seguidores de João. Afirmações de que João era o messias circularam
até o início do século III d.C.
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